quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

REFLORESTAMENTO UTILIZANDO BOA PRATICA E RECICLAGEM DE COPOS DESCARTÁVEIS






UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU
CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS
DEPTO. DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E DESIGN

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE
PRODUÇÃO JOINVILLE



REFLORESTAMENTO UTILIZANDO BOA PRATICA E RECICLAGEM DE COPOS DESCARTÁVEIS





Acadêmico: Fabio Anizio de Souza
Professor: Wladmir Perez





Janeiro /2012


SUMÁRIO

 


1.  RESUMO


Desenvolver aplicação para os copos descartáveis, que atualmente são jogados e descartados na natureza, aumentando assim sua utilidade, contudo, também identificar e analisar novas oportunidades de produtos  no  mercado  para  que  se  transformem  em  características para  um  novo  produto.



















Palavra  Chave:  Reciclagem,  desenvolvimentos,  novos  produtos; reflorestamento.


 2.  INTRODUÇÃO



A quantidade de lixo produzida pelos brasileiros está cada vez mais próxima dos descartes dos europeus, segundo estudo da Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).
Com objetivo de reciclagem e o intuito de desenvolver mudas a baixo custo à utilização de copos descartáveis é uma saída barata para o pequeno agricultor, que deseja fazer todo o processo desde a fabricação de mudas até o plantio.
O  desenvolvimento  de  novas aplicações de produtos  tem  grande  importância  no  atual cenário do mercado globalizado, portanto, inovação passa a ser um componente  indispensável nas estratégias competitivas de todas organizações, sendo elas familiares ou corporativas, que visam obtenção de desenvolver novos produtos ou boas praticas.




3.  FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA


A média de geração de lixo no Brasil atualmente é de 1,152 kg por habitante por dia, padrão próximo aos dos países da União Europeia, cuja média é de 1,2 kg por habitante por dia, segundo o jornal O Estado de S.Paulo.
Nas principais capitais, o volume cresce ainda mais. A primeira colocada é Brasília, com com 1,698 kg de resíduos por habitante por dia, seguida do Rio de Janeiro, com 1,617 kg, e São Paulo, com 1,259 kg.
O volume de lixo cresceu 7,7% em 2009. A pesquisa mostra que a melhoria do poder de compra dos brasileiros faz com que a população gere cada vez mais lixo inorgânico, como embalagens descartáveis, enquanto a implantação de programas de coleta seletiva e os níveis de reciclagem não crescem na mesma medida.
Fonte – Correio do Brasil de 26 de maio de 2010
Enquanto isso a taxa de reciclagem no país é de 0,8%, só 7% das cidades tem coleta seletiva municipal, só 13% das cidades tem aterro sanitário ou controlado e o resto das 5.500 só pode contar com lixões a céu aberto, geramos diariamente no país mais de 150 mil toneladas de resíduos … as estatísticas estão aí, só não vê quem não quer ver para não ser obrigado mudar seus hábitos consumistas.
De 50 a 55% do resíduo gerado é orgânico e deve ser separado para compostagem e se transformar no adubo ideal para a agricultura. De 40 a 45% do lixo gerado é composto de materiais recicláveis que deve ser separado na fonte para voltar ao ciclo produtivo, diminuindo assim o uso de recursos naturais que devem ser poupados para as futuras gerações. Somente 5% de todo o resíduo diariamente é rejeito, isto é, que não pode ser reciclado ou compostado.
Diante dos dados acima, vemos que a única coisa que está faltando para resolver definitivamente o enorme problema com o lixo em que nós mesmos nos metemos é a separação na fonte, o único lugar em que faz sentido reciclar, pois o lixo pode ser separado, vai chegar limpo na mão do reciclador, não estará contaminado e por último e mais importante, a separação total de reciclável, compostável e rejeito aumentará a vida útil dos aterros, lixões em até 95%, ou seja, se fôssemos utilizar durante 100 anos um aterro, esse tempo praticamente dobraria.
Além de ser totalmente ilógico você enterrar lixo, pois estará enterrando adubo orgânico e materiais que voltariam ao ciclo produtivo, isto é, um liquidificador reciclado irá se transformar em outro equipamento, sem ter que impactar o ambiente procurando por recursos naturais que seriam necessários para fabricar este outro equipamento.



3.1 Eucalipto


3.1.1 Importância Econômica


O Setor Florestal Brasileiro conta com, aproximadamente, 530 milhões de hectares de Florestas Nativas, 43,5 milhões de hectares em Unidades de Conservação Federal e 4,8 milhões de hectares de Florestas Plantadas com pinus, eucalipto e acácia-negra.
Com a exploração de áreas de Florestas Nativas mais a exploração das Florestas Plantadas gera mais de dois milhões de empregos, contribui com mais de US $ 20 bilhões para o PIB, exporta mais de US$ 4 bilhões (8% do agronegócio) e contribui com 3 bilhões de dólares em impostos, ao ano, arrecadados de 60.000 empresas.
As Florestas Plantadas estão distribuídas estrategicamente, em sua maioria, nos estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo.
Essas florestas plantadas visam a garantia do suprimento de matéria-prima para as indústrias de papel e celulose, siderurgia a carvão vegetal, lenha, serrados, compensados e lâminas e, painéis reconstituídos (aglomerados, chapas de fibras e MDF).
Apesar da participação das plantações florestais estar aumentando em todos os segmentos em relação a das Florestas Nativas, o setor acredita que com base nas expectativas de crescimento de demanda, haverá uma necessidade de plantio em torno de 630 mil hectares ao ano, ao invés dos 200 mil hectares atuais. A Sociedade Brasileira de Silvicultura - SBS distribui essa necessidade de plantio como sendo: 170 mil ha / ano para celulose, 130 mil ha / ano para madeira sólida, 250 mil ha / ano  para carvão vegetal e 80 mil ha / ano  para energia.
Com base nesses dados observa-se a importância do eucalipto por ser uma espécie de uso múltiplo com possibilidade de atender a todos os segmentos acima descritos, principalmente para papel e celulose e energia onde historicamente deu contribuição especial.
Fonte- Moacir José Sales Medrado; http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Eucalipto/CultivodoEucalipto/01Importancia_economica.htm.




3.2 Evoluções históricas do desenvolvimento de produtos


Segundo  Condotta  (2004),  o  PDP    Processo  de  Desenvolvimento  de Produto,  sofreu  alterações  e  adições  ao  longo  da  historia.  Cunha  (2004)  (apud Condotta, 2004), relata a evolução dos métodos e das técnicas do desenvolvimento de  produto  (Figura  1),  do  final  do  século  XIX  ate  o  final  do  século  XX,  partindo  do estudo  dos  primeiros  sistemas  técnicos  ate  a  gestão  do  portfólio  de  produtos,  no qual  o  foco  na  inovação  de  produto  passa  a  ser  incorporado  ao  planejamento estratégico das empresas.

 3.2.1 Design


Investir na melhoria da qualidade dos produtos tornou-se uma questão de sobrevivência para a indústria brasileira num mundo de mercados abertos e muito competitivos. A globalização aumentou a percepção nacional sobre a importância do design, cada vez mais visto como um processo capaz de agregar valor e identidade ao produto nacional.
Para levar essa conscientização às empresas foram lançadas diversas ações públicas de incentivo ao design em todo o país. Além de mostrar que o design pode melhorar procedimentos de produção, reduzindo tempo e custos de desenvolvimento, esses programas visam principalmente coordenar e incentivar ações nos Estados, para que as instituições de design locais possam oferecer o apoio necessário às empresas.
Charlotte E Peter Fiell, 2000, (apud Gomes, 2006), o Design é compreendido e conceituado numa acepção ampla e abrangente, como: “... é a concepção e planejamento de todos os produtos, feitos pelo homem...”.  Gomes, (2006) destaca ainda, que o campo do Design, se fraciona cada vez mais em muitas especialidades ditadas pelo mercado, principalmente pelos meios de comunicação de massa, pela publicidade e propaganda e por varias formas de marketing.

 3.2.2 Desenvolvimento de novos produtos 

 

É a passagem de projeto em ideia para concretização de uma ideia. De posse de todas as informações da etapa anterior o Gerente de Novos Produtos elabora um sumário que contém: descrição das características do produto/serviço e benefícios para o consumidor/cliente/usuário; dados de mercado com estimativa de mercado potencial, mercado total, taxa de penetração e taxa de participação de mercado; descrição do perfil do público alvo; resultados financeiros com especificação de investimentos em ativos fixos, em Marketing Operacional e em Pessoal; descrição de produtos similares já existentes no mercado; recomendação para início do desenvolvimento.

3.3.1 Marketing 


O consumidor de hoje tem muito menos tempo. É mais difícil atingi-lo com propaganda. Muitas pessoas mal prestam atenção aos comerciais, e mais da metade delas fica “zapeando” entre canais na hora do intervalo na TV. Há inúmeras opções de marcas diferentes, e é raro haver notáveis diferenças de qualidade e preço entre elas. O que fazer então para sua marca conquistar definitivamente o consumidor?
 “Use a emoção. Um anúncio não deve ser apenas persuasivo, ele tem que ser único”. As perguntas, e a resposta, são de Steven Jagger, vice-presidente da MSW Research, consultoria internacional de marketing e posicionamento de marca. O britânico veio ao Brasil a convite da Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa (ABEP), para o 4º Congresso Brasileiro de Pesquisa.
Segundo Kotler e Armstrong (2006), a função do marketing, mais do que qualquer outra nos negócios, é lidar com os clientes.  Entender, criar, comunicar e proporcionar ao cliente valor e satisfação constitui  a  essência do  pensamento  e  da pratica do marketing moderno.

3.3.2 Inovação


Falar em Inovação lembra uma pessoa Steve Jobs, com produtos que faz você precisar.
O processo de inovação sempre existiu, mas com a criação e disseminação da informatização, internet e computadores avançados a inovação acelera ao estremo.  
(ZAWISLAK, 1995).

3.3.3 Etapa de desenvolvimento


O desenvolvimento do produto inicia com a criação do conceito do produto, este formado pelas atividades de elaboração do plano e a escolha da melhor configuração. Os projetistas propõem alternativas de conceito, que são alternativas de características representadas em desenhos e ideias, compondo possíveis alternativas de produtos.

 3.3.4 Etapa de Pós-desenvolvimento


O final da etapa de desenvolvimento é marcado pelo lançamento do produto.
Este  estágio  envolve  a  implementação  do  plano  de  lançamento  (marketing)  e  do
plano de operações (produção). O projeto desenvolvido do produto está terminado, a
equipe de projeto é dispensada e o produto torna-se regular na linha de produção da
empresa.  Este  é  o  ponto  em  que  o  desempenho  do  projeto  e  do  produto  são
avaliados. (ECHEVESTE, 2003).

4.  CIDADE ONDE ESTA O REFLORESTAMENTO

 

Foi à presença abundante da árvore Maçaranduba que deu a denominação a este município, no entanto é escrito Massaranduba. Estas árvores fornecem madeira de cor vermelho-escura, dura e homogênea, que se destaca por sua resistência a umidade. A passagem ou a presença por um tempo maior dos nativos na região, hoje denominada de Massaranduba, pode ser confirmada devido à presença de resquícios que estes povos deixaram. Os primeiros imigrantes que chegaram a Massaranduba e iniciaram o processo de ocupação definitiva das terras eram Alemães, Italianos e Poloneses com sonhos de fazer a América.
          As primeiras ocupações dos imigrantes se deram por volta de 1870 devido à expansão da ocupação da Colônia Dr. Blumenau. Eram alemães e se instalaram na região da Campinha e Patrimônio. Os italianos se instalaram na atual Região Alta do município no ano de 1877, na época pertencendo a Antiga Colônia Luís Alves sendo esta parte anexada bem mais tarde ao município de Massaranduba. Os poloneses ocuparam a Região do Braço do Norte nos fins da década de 1880. Nesta comunidade encontra-se a Igreja de Nossa senhora do Rosário que é a edificação mais antiga enquanto igreja.
         No ano de 1821 a região de Massaranduba  foi elevada a categoria de distrito de Blumenau.
       Foi pela “Lei nº 247 de dezembro de 1948, da Assembleia Legislativa do Estado, criado o município de Massaranduba, desmembrado dos municípios de Blumenau, Itajaí e Joinville”. No entanto, pouco durou o novo município, pois no segundo semestre de 1949, a Sede e denominação passaram de Massaranduba, para 2º Distrito de Guaramirim. Finalmente, através da Lei Estadual nº 746/61, de 29 de agosto de 1961 foi emancipado o município de Massaranduba.
       A dedicação do agricultor à rizicultura deu ao Município de Massaranduba o título de Capital Catarinense do Arroz. A principal cultura econômica é o arroz irrigado, sendo cultivado dentro do sistema de produção tradicional na região, cultivado nas várzeas. Além do cultivo do arroz têm destaque também no Município o cultivo da banana e da palmeira real, que surgiram como alternativa de renda para os produtores das regiões mais elevadas do Município. Outras culturas como a criação de peixes em açudes, o plantio e cultivo do eucalipto e do o pinus, a criação de gado de corte, a criação de suínos e a criação de frangos de corte, também são fontes de renda alternativa para os produtores rurais massarandubenses. Outra fonte de renda e principalmente de geração de empregos no Município está voltada para as indústrias aqui instaladas, destacando-se as indústrias de beneficiamento de arroz, indústrias têxteis, moveleiras e de esquadrias, indústrias químicas, de plásticos e metalúrgicas.
      A localização geográfica de Massaranduba está a 178 km de Florianópolis. Sua população é de 14.668 segundo senso de 2010.

4.1 METODO DE CULTIVO DAS MUDAS
As sementes foram colhidas das árvores já plantadas, e com o canteiro já preparado e adubado foram semeadas, contudo, teve-se o cuidado para que o sol não queima-se as mudas e uma vez a dia no período da noite feito irrigação da mesma.


Com as mudas no tamanho de um centímetro, e num dia nublado e fresco fez-se a mudança da muda para os copos descartáveis, estes com um furo no fundo para saída de excesso de água durante a irrigação.



  



Com as mudas plantadas no copo e após elas atingem um tamanho de cinco a dez centímetros forma plantadas no solo, onde este por sua vez foi apenas limpo com sem aplicação de queimadas preservando as varias mudas de palmito do local.
 


O plantio foi feito em corredores a uma distancia de dois metro mais ou menos meio metro, foi optado por uma distancia maior devido as mudas de palmito já existente no local.


7.  CONCLUSÃO



            O desenvolvimento de produto pode ser aplicado a varias áreas de atuação, sendo neste caso um reflorestamento com a visão comercial e com âmbito ecológico preservando espécie já existente e aplicando a reciclagem de copos descartáveis no manuseio das mudas dando assim um aspecto ecológico e tornando o produto, “reflorestamento” uma visão do futuro de boas praticas de plantio.



8.  REFERÊNICIAS BIBLIOGRÁFICAS


KOTLER, Philip. ARMISTRONG, Gary. Princípios  de  Marketing. 9 ed. São Paulo:
Pearson Prentice Hall, 2003.

GOMES FILHO, João. Design do objeto: bases conceituais. São Paulo: Escrituras,
2006.