UNIVERSIDADE
REGIONAL DE BLUMENAU
CENTRO
DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS
DEPTO.
DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E DESIGN
CURSO
DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE
PRODUÇÃO
JOINVILLE
REFLORESTAMENTO
UTILIZANDO BOA PRATICA E RECICLAGEM DE COPOS DESCARTÁVEIS
Acadêmico:
Fabio Anizio de Souza
Professor:
Wladmir Perez
Janeiro /2012
SUMÁRIO
1. RESUMO
Desenvolver
aplicação para os copos descartáveis, que atualmente são jogados e descartados
na natureza, aumentando assim sua utilidade, contudo, também identificar e analisar
novas oportunidades de produtos no mercado
para que se
transformem em características para um novo produto.
Palavra
Chave: Reciclagem, desenvolvimentos, novos
produtos; reflorestamento.
2. INTRODUÇÃO
A quantidade de lixo produzida
pelos brasileiros está cada vez mais próxima dos descartes dos europeus,
segundo estudo da Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e
Resíduos Especiais (Abrelpe).
Com objetivo de reciclagem e o
intuito de desenvolver mudas a baixo custo à utilização de copos descartáveis é
uma saída barata para o pequeno agricultor, que deseja fazer todo o processo
desde a fabricação de mudas até o plantio.
O desenvolvimento de
novas aplicações de produtos tem
grande importância no
atual cenário do mercado globalizado, portanto, inovação passa a ser um
componente indispensável nas estratégias
competitivas de todas organizações, sendo elas familiares ou corporativas, que
visam obtenção de desenvolver novos produtos ou boas praticas.
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A média de geração de lixo no
Brasil atualmente é de 1,152 kg por habitante por dia, padrão próximo aos dos
países da União Europeia, cuja média é de 1,2 kg por habitante por dia, segundo o jornal O Estado de
S.Paulo.
Nas principais capitais, o
volume cresce ainda mais. A primeira colocada é Brasília, com com 1,698 kg de
resíduos por habitante por dia, seguida do Rio de Janeiro, com 1,617 kg, e São
Paulo, com 1,259 kg.
O volume de lixo cresceu 7,7%
em 2009. A pesquisa mostra que a melhoria do poder de compra dos brasileiros
faz com que a população gere cada vez mais lixo inorgânico, como embalagens
descartáveis, enquanto a implantação de programas de coleta seletiva e os
níveis de reciclagem não crescem na mesma medida.
Fonte – Correio do Brasil de 26 de maio de 2010
Enquanto isso a taxa de
reciclagem no país é de 0,8%, só 7% das cidades tem coleta seletiva municipal,
só 13% das cidades tem aterro sanitário ou controlado e o resto das 5.500 só pode
contar com lixões a céu aberto, geramos diariamente no país mais de 150
mil toneladas de resíduos … as estatísticas estão aí, só não vê quem não
quer ver para não ser obrigado mudar seus hábitos consumistas.
De 50 a 55% do resíduo
gerado é orgânico e deve ser separado para compostagem e se transformar no
adubo ideal para a agricultura. De 40 a 45% do lixo gerado é composto de
materiais recicláveis que deve ser separado na fonte para voltar ao ciclo
produtivo, diminuindo assim o uso de recursos naturais que devem ser poupados
para as futuras gerações. Somente 5% de todo o resíduo diariamente é rejeito,
isto é, que não pode ser reciclado ou compostado.
Diante dos dados acima, vemos
que a única coisa que está faltando para resolver definitivamente o enorme
problema com o lixo em que nós mesmos nos metemos é a separação na fonte,
o único lugar em que faz sentido reciclar, pois o lixo pode ser separado, vai
chegar limpo na mão do reciclador, não estará contaminado e por último e mais
importante, a separação total de reciclável, compostável e rejeito aumentará a
vida útil dos aterros, lixões em até 95%, ou seja, se fôssemos utilizar durante
100 anos um aterro, esse tempo praticamente dobraria.
Além de ser totalmente ilógico
você enterrar lixo, pois estará enterrando adubo orgânico e materiais que
voltariam ao ciclo produtivo, isto é, um liquidificador reciclado irá se
transformar em outro equipamento, sem ter que impactar o ambiente
procurando por recursos naturais que seriam necessários para fabricar este
outro equipamento.
3.1 Eucalipto
3.1.1 Importância Econômica
O Setor Florestal Brasileiro
conta com, aproximadamente, 530 milhões de hectares de Florestas Nativas, 43,5
milhões de hectares em Unidades de Conservação Federal e 4,8 milhões de
hectares de Florestas Plantadas com pinus, eucalipto e acácia-negra.
Com a exploração de áreas de
Florestas Nativas mais a exploração das Florestas Plantadas gera mais de dois
milhões de empregos, contribui com mais de US $ 20 bilhões para o PIB, exporta
mais de US$ 4 bilhões (8% do agronegócio) e contribui com 3 bilhões de dólares
em impostos, ao ano, arrecadados de 60.000 empresas.
As Florestas Plantadas estão distribuídas
estrategicamente, em sua maioria, nos estados do Paraná, Rio Grande do Sul,
Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo.
Essas florestas plantadas visam a
garantia do suprimento de matéria-prima para as indústrias de papel e celulose,
siderurgia a carvão vegetal, lenha, serrados, compensados e lâminas e, painéis
reconstituídos (aglomerados, chapas de fibras e MDF).
Apesar da participação das
plantações florestais estar aumentando em todos os segmentos em relação a das
Florestas Nativas, o setor acredita que com base nas expectativas de
crescimento de demanda, haverá uma necessidade de plantio em torno de 630 mil
hectares ao ano, ao invés dos 200 mil hectares atuais. A Sociedade Brasileira
de Silvicultura - SBS distribui essa necessidade de plantio como sendo: 170 mil
ha / ano para celulose, 130 mil ha / ano para madeira sólida, 250 mil ha /
ano para carvão vegetal e 80 mil ha /
ano para energia.
Com base nesses dados observa-se
a importância do eucalipto por ser uma espécie de uso múltiplo com
possibilidade de atender a todos os segmentos acima descritos, principalmente
para papel e celulose e energia onde historicamente deu contribuição especial.
Fonte-
Moacir
José Sales Medrado; http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Eucalipto/CultivodoEucalipto/01Importancia_economica.htm.
3.2 Evoluções históricas do desenvolvimento de produtos
Segundo Condotta
(2004), o PDP – Processo
de Desenvolvimento de Produto,
sofreu alterações e
adições ao longo
da historia. Cunha
(2004) (apud Condotta, 2004),
relata a evolução dos métodos e das técnicas do desenvolvimento de produto
(Figura 1), do
final do século
XIX ate o
final do século
XX, partindo do estudo
dos primeiros sistemas
técnicos ate a
gestão do portfólio
de produtos, no qual
o foco na
inovação de produto
passa a ser
incorporado ao planejamento estratégico das empresas.
3.2.1 Design
Investir
na melhoria da qualidade dos produtos tornou-se uma questão de sobrevivência
para a indústria brasileira num mundo de mercados abertos e muito competitivos.
A globalização aumentou a percepção nacional sobre a importância do design,
cada vez mais visto como um processo capaz de agregar valor e identidade ao
produto nacional.
Para
levar essa conscientização às empresas foram lançadas diversas ações públicas
de incentivo ao design em todo o país. Além de mostrar que o design pode
melhorar procedimentos de produção, reduzindo tempo e custos de desenvolvimento,
esses programas visam principalmente coordenar e incentivar ações nos Estados,
para que as instituições de design locais possam oferecer o apoio necessário às
empresas.
Charlotte
E Peter Fiell, 2000, (apud Gomes, 2006), o Design é compreendido e conceituado numa
acepção ampla e abrangente, como: “... é a concepção e planejamento de todos os
produtos, feitos pelo homem...”. Gomes, (2006)
destaca ainda, que o campo do Design, se fraciona cada vez mais em muitas especialidades
ditadas pelo mercado, principalmente pelos meios de comunicação de massa, pela
publicidade e propaganda e por varias formas de marketing.
3.2.2 Desenvolvimento de novos produtos
É
a passagem de projeto em ideia para concretização de uma ideia. De posse de
todas as informações da etapa anterior o Gerente de Novos Produtos elabora um
sumário que contém: descrição das características do produto/serviço e
benefícios para o consumidor/cliente/usuário; dados de mercado com estimativa
de mercado potencial, mercado total, taxa de penetração e taxa de participação
de mercado; descrição do perfil do público alvo; resultados financeiros com
especificação de investimentos em ativos fixos, em Marketing Operacional e em
Pessoal; descrição de produtos similares já existentes no mercado; recomendação
para início do desenvolvimento.
3.3.1 Marketing
O consumidor de hoje
tem muito menos tempo. É mais difícil atingi-lo com propaganda. Muitas pessoas
mal prestam atenção aos comerciais, e mais da metade delas fica “zapeando”
entre canais na hora do intervalo na TV. Há inúmeras opções de marcas
diferentes, e é raro haver notáveis diferenças de qualidade e preço entre elas.
O que fazer então para sua marca conquistar definitivamente o consumidor?
“Use a emoção. Um anúncio não deve ser apenas
persuasivo, ele tem que ser único”. As perguntas, e a resposta, são de Steven
Jagger, vice-presidente da MSW Research, consultoria internacional de marketing
e posicionamento de marca. O britânico veio ao Brasil a convite da Associação
Brasileira das Empresas de Pesquisa (ABEP), para o 4º Congresso Brasileiro de
Pesquisa.
Fonte-
Ricardo F. Santos- http://revistapegn.globo.com/Revista/Common/0,,EMI128860-17200,00-O+QUE+DIFERENCIA+AS+MARCAS+E+O+EMOCIONAL.html
Segundo Kotler e Armstrong
(2006), a função do marketing, mais do que qualquer outra nos negócios, é lidar
com os clientes. Entender, criar, comunicar
e proporcionar ao cliente valor e satisfação constitui a
essência do pensamento e da
pratica do marketing moderno.
3.3.2 Inovação
Falar em Inovação
lembra uma pessoa Steve Jobs, com produtos que faz você precisar.
O processo de inovação sempre
existiu, mas com a criação e disseminação da informatização, internet e
computadores avançados a inovação acelera ao estremo.
(ZAWISLAK, 1995).
3.3.3 Etapa de desenvolvimento
O desenvolvimento do produto
inicia com a criação do conceito do produto, este formado pelas atividades de elaboração
do plano e a escolha da melhor configuração. Os projetistas propõem alternativas
de conceito, que são alternativas de características representadas em desenhos
e ideias, compondo possíveis alternativas de produtos.
3.3.4 Etapa de Pós-desenvolvimento
O final da etapa de desenvolvimento é marcado pelo
lançamento do produto.
Este
estágio envolve a implementação do
plano de lançamento
(marketing) e do
plano de operações (produção). O projeto
desenvolvido do produto está terminado, a
equipe de projeto é dispensada e o produto torna-se
regular na linha de produção da
empresa.
Este é o ponto em
que o desempenho
do projeto e
do produto são
avaliados. (ECHEVESTE, 2003).
4. CIDADE ONDE ESTA O REFLORESTAMENTO
Foi
à presença abundante da árvore Maçaranduba que deu a denominação a este
município, no entanto é escrito Massaranduba. Estas árvores fornecem madeira de
cor vermelho-escura, dura e homogênea, que se destaca por sua resistência a
umidade. A passagem ou a presença por um tempo maior dos nativos na região,
hoje denominada de Massaranduba, pode ser confirmada devido à presença de
resquícios que estes povos deixaram. Os primeiros imigrantes que chegaram a
Massaranduba e iniciaram o processo de ocupação definitiva das terras eram
Alemães, Italianos e Poloneses com sonhos de fazer a América.
As primeiras ocupações dos imigrantes
se deram por volta de 1870 devido à expansão da ocupação da Colônia Dr.
Blumenau. Eram alemães e se instalaram na região da Campinha e Patrimônio. Os
italianos se instalaram na atual Região Alta do município no ano de 1877, na
época pertencendo a Antiga Colônia Luís Alves sendo esta parte anexada bem mais
tarde ao município de Massaranduba. Os poloneses ocuparam a Região do Braço do
Norte nos fins da década de 1880. Nesta comunidade encontra-se a Igreja de
Nossa senhora do Rosário que é a edificação mais antiga enquanto igreja.
No ano de 1821 a região de
Massaranduba foi elevada a categoria de
distrito de Blumenau.
Foi pela “Lei nº 247 de dezembro de
1948, da Assembleia Legislativa do Estado, criado o município de Massaranduba,
desmembrado dos municípios de Blumenau, Itajaí e Joinville”. No entanto, pouco
durou o novo município, pois no segundo semestre de 1949, a Sede e denominação
passaram de Massaranduba, para 2º Distrito de Guaramirim. Finalmente, através
da Lei Estadual nº 746/61, de 29 de agosto de 1961 foi emancipado o município
de Massaranduba.
A dedicação do agricultor à rizicultura
deu ao Município de Massaranduba o título de Capital Catarinense do Arroz. A
principal cultura econômica é o arroz irrigado, sendo cultivado dentro do
sistema de produção tradicional na região, cultivado nas várzeas. Além do
cultivo do arroz têm destaque também no Município o cultivo da banana e da
palmeira real, que surgiram como alternativa de renda para os produtores das regiões
mais elevadas do Município. Outras culturas como a criação de peixes em açudes,
o plantio e cultivo do eucalipto e do o pinus, a criação de gado de corte, a
criação de suínos e a criação de frangos de corte, também são fontes de renda
alternativa para os produtores rurais massarandubenses. Outra fonte de renda e
principalmente de geração de empregos no Município está voltada para as
indústrias aqui instaladas, destacando-se as indústrias de beneficiamento de
arroz, indústrias têxteis, moveleiras e de esquadrias, indústrias químicas, de
plásticos e metalúrgicas.
A localização geográfica de Massaranduba
está a 178 km de Florianópolis. Sua população é de 14.668 segundo senso de
2010.
4.1 METODO DE CULTIVO DAS MUDAS
As sementes foram colhidas das árvores já plantadas,
e com o canteiro já preparado e adubado foram semeadas, contudo, teve-se o
cuidado para que o sol não queima-se as mudas e uma vez a dia no período da
noite feito irrigação da mesma.
Com
as mudas no tamanho de um centímetro, e num dia nublado e fresco fez-se a
mudança da muda para os copos descartáveis, estes com um furo no fundo para
saída de excesso de água durante a irrigação.
Com as mudas plantadas
no copo e após elas atingem um tamanho de cinco a dez centímetros forma
plantadas no solo, onde este por sua vez foi apenas limpo com sem aplicação de
queimadas preservando as varias mudas de palmito do local.
O plantio foi feito em
corredores a uma distancia de dois metro mais ou menos meio metro, foi optado
por uma distancia maior devido as mudas de palmito já existente no local.
7. CONCLUSÃO
O desenvolvimento de produto pode ser aplicado a varias
áreas de atuação, sendo neste caso um reflorestamento com a visão comercial e
com âmbito ecológico preservando espécie já existente e aplicando a reciclagem
de copos descartáveis no manuseio das mudas dando assim um aspecto ecológico e
tornando o produto, “reflorestamento” uma visão do futuro de boas praticas de
plantio.
8. REFERÊNICIAS BIBLIOGRÁFICAS
KOTLER, Philip.
ARMISTRONG, Gary. Princípios de Marketing. 9 ed. São
Paulo:
Pearson Prentice Hall, 2003.
GOMES FILHO, João. Design do objeto: bases
conceituais. São Paulo: Escrituras,
2006.